Singelo demais, Café depois.
Eu tenho uma vontade indescritível de comer palavras, porque simplesmente tenho um prazer esquisitíssimo em pronunciá-las. Os ésses sibilosos pelos dentes e os éles lambuzando o céu da boca. Cada som, qualquer fonema. Devo essa peculiaridade, entre muitos outros, à Chico Buarque, que tem o tempero certo para a degustação da língua. Ao Chico, meus sinceros agradecimentos e felicitações, já que fez aniversário ontem. Não é alguém pra ser esquecido.
Café (pequeno expresso)
Amarga na boca o pôr-de-sol, fazendo deslizar a sintaxe da cerâmica - fonética - até a língua.
Semântica de espuma, dois torrões de métrica e canela em pó. - pois só em pó pode ser - nas aliterações do fim da tarde.
Por Lis 1:48 PM
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