terça-feira, junho 20, 2006

Singelo demais, Café depois.

Eu tenho uma vontade indescritível de comer palavras, porque simplesmente tenho um prazer esquisitíssimo em pronunciá-las. Os ésses sibilosos pelos dentes e os éles lambuzando o céu da boca. Cada som, qualquer fonema.
Devo essa peculiaridade, entre muitos outros, à Chico Buarque, que tem o tempero certo para a degustação da língua. Ao Chico, meus sinceros agradecimentos e felicitações, já que fez aniversário ontem. Não é alguém pra ser esquecido.

Café (pequeno expresso)

Amarga na boca o pôr-de-sol,
fazendo deslizar a sintaxe
da cerâmica - fonética -
até a língua.

Semântica de espuma,
dois torrões de métrica
e canela em pó.
- pois só em pó pode ser -
nas aliterações do fim da tarde.

Por Lis 1:48 PM
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